Todos as pessoas que pagam impostos e, que por isso sabem o quanto é difícil tirar do fruto do seu suor e entregar aos cofres públicos e não vê-lo convertido em benefícios para o povo, deveriam ler o livro “Um Pais sem Excelências e Mordomias”. O livro responde as seguintes questões: como é possível que um país que até o século passado o povo vivia em condições de subdesenvolvimento e hoje é quase zero a corrupção no governo? O que fez para mudar? Que país é esse? Este país é a Suécia e o segredo para sair da situação em que se encontrava foi investir em educação, infraestrutura e tecnologia conforme relata a autora do livro Claudia Wallin. Segundo Wallin, a mudança principal veio do próprio povo sueco, que exigia dos seus governantes cumprimento do que foi prometido em campanha. Vigilante, o povo “demitia” o político corrupto ou que não cumpria com o que tinha prometido. Tudo aliado a um sentimento de cidadania.
Na Suécia, segundo nos conta Wallin, o vereador não recebe salário para exercer suas funções públicas, ele o faz voluntariamente. Não existe a vergonhosa pensão vitalícia para parlamentares, os políticos vão trabalhar de carro próprio, trem ou ônibus (pasmem, o primeiro ministro vai trabalhar de bicicleta), lá, político é tratado por “você”. A maior diária paga a um político não chega a 200 reais e devolve-se aos cofres públicos o que não foi usado.
Na Suécia, o parlamentar quando comete uma falta, vai a público não dizer que não cometeu o ato, e sim pedir desculpas. Quase sempre, esse indivíduo estará totalmente destruído politicamente. Um parlamentar recebe pelos seus serviços um salário 50% acima de um professor, e olhe que a população acha um absurdo e vem se articulando para acabar com as mordomias ainda existentes como receber 50% acima do salário médio do trabalhador sueco.
O livro contém provas inquestionáveis que mostram que quando o povo quer, ele constrói uma nação honesta, igualitária, justa e preocupada com todos os seus cidadãos.
Cobrar dos políticos brasileiros mudanças, quando as oportunidades de fazer as mudanças estão em nós é desnecessária, pois se o político é corrupto a culpa é nossa que tendo em mãos todos os instrumentos para tirar os infratores da vida pública, apenas nos indignamos e quando chega o momento de votar o fazemos nos mesmos indivíduos.
Falta de opção? Na Suécia eles tem 10 milhões de opções, aqui nós temos 200 milhões. O que falta não é candidato, mais a consciência em cada um de nós de que cargo político não é meio de enriquecer, e sim um compromisso que um cidadão se achando preparado e validado pela escolha do povo tem com a nação desde o primeiro dia em que inicia o seu mandato que é representar o interesse do povo e consequentemente o dele próprio enquanto cidadão.
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