É sobre a esquerda “bem intencionada” que fala uma coisa e faz outra utilizando-se da sua posição na sociedade para massificar nas cabeças dos incautos ideias ultrapassadas, travestidas de modernidades extraídas dos seus gurus “iluminados”, que o colunista da Veja Rodrigo Constantino descreve no ser livro Esquerda Caviar.
É um ataque direto a esta gente de “ideias progressistas” que ama Che e admira Fidel. A lista é grande. É só ler os últimos capítulos do livro para perceber que o autor não poupou ninguém.
“A esquerda caviar Hollywoodianos (EUA) ou global (no Brasil) abraça essas bandeiras progressista, ataca o núcleo familiar tradicional, distorce os valores caros à classe média e transforma em normal toda a bizarrice em boa parte para suportar melhor suas próprias vidas esquisitas e desestruturadas. Os outros é que são caretas e chatos. Racionalização pura.”
“O ato de racionalizar nossas emoções, ou seja, encontrar uma forma de expliacá-la como se fosse o resultado de muita reflexão, é comum a natureza humana, e todos caem nessa tentação de uma forma ou de outra.”
“A esquerda caviar está repleta de filósofo de botequim, que fazem aquela leitura rápida de como aprender sobre pensador profundo em trinta minutos. São também devoradores de orelha de livros.”“Este tipo de esquerda caviar curte causas nobres no Facebook e pensa que assim se torna uma boa pessoa. A capa da bondade, da generosidade, serve para ocultar a sua própria fraqueza. Basta um clique no “curtir” que a alma está lavada.”
“Ganancioso é o empresário que pretende manter para si seus ganhos. Ele, o funcionário público que só viaja de classe executiva, que fica em bons hotéis, que usa cartão corporativo nos melhores restaurante, bebe vinho caro, tudo pago pelos impostos dos contribuintes, ele é um desprendido do bem material, um soldado da igualdade, praticamente um santo.”
“Não podemos excluir ainda o puro tédio como imã para a esquerda caviar. Vivendo vidas seguras e confortáveis, fúteis e vazias, a fina flor da esquerda abraça ideias revolucionárias ou exóticas apenas para afastar de si a angústia de suas existências. A sociedade da abundância, ajuda a parir os radicais chiques. São os ‘senhorezinhos satisfeitos’ de que falava Ortega y Gasset.”
“Engajar-se em causas revolucionárias pode ser ótimo pretexto para fugir do controle morais ou legais da sociedade, para consumir drogas, praticar orgias, para cair em aventuras como se não houvesse amanhã.”
“Muitos jovens usam camisetas com foto do Che Guevara estampada. Isso, na cabeça deles, basta para colocá-lo como “críticos do sistema”. Mal sabem que Che pensava que o jovem, em particular, devia aprender a “pensar e agir não por si, mas como parte da massa… Pensar da muito trabalho. Estudar, mais ainda. Aprender sobre a realidade exige esforço e tempo, coisa cada vez mais rara no mundo moderno.”
“O sentimento de nobreza proveniente de enxergar como um desses “ungidos”… coloca qualquer outra droga no chinelo. Se os ricos artistas da esquerda caviar costumam curtir cocaína ou maconha, seus pares intelectuais vão de marxismo mesmo, droga da mais pesada.”“Em vez debater com o liberal ou conservador em si, rebatendo o argumento que apresentam, os intelectuais de esquerda preferem criar um conservador imaginário, um liberal hipotético, um espantalho enfim, colocando em sua boca inúmeras palavras jamais ditas.”
“O socialismo não foi parido por proletários, por trabalhadores humildes no chão das fábricas, mas por intelectual burgueses. Marx, que se casou com uma aristocrata alemã, era sustentado por Engels, rico herdeiro da indústria. Lênin era filho de pais abastados. Mão Tsé-Tung era filho de um rico agricultor. O pai de Fidel Castro era latifundiário. Salvador Allende era filho de advogado, neto de médico e sempre morou nos melhores bairros de Santiago… Intelectual arrogante e elite culpada, uma combinação explosiva. O messianismo narcísico de um acaba financiada pelo culpa endinheirada do outro.”
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