Cada vez que artistas, intelectuais e políticos engajados em causas da minoria, em questões ambientais, na luta contra a fome no mundo aparecem com caras de indignados na televisão levantando a bandeiras das lutas sociais e defendendo as campanhas  dos politicamente corretos, eu fico assombrado e digo para mim mesmo: “eu não engulo isto. Como essas pessoas vêem a televisão achando que todos nós somos “bobos”?.
Felizmente, existem pessoas que tem a coragem de revelar este teatro mundial em que nós, pobres cidadãos comuns, vemos todos os dias.

É sobre a esquerda “bem intencionada” que fala uma coisa e faz outra utilizando-se da sua posição na sociedade para massificar nas cabeças dos incautos ideias ultrapassadas, travestidas de modernidades extraídas dos seus gurus “iluminados”, que o colunista da Veja Rodrigo Constantino descreve no ser livro Esquerda Caviar.
Rodrigo revela os “muitos preocupados com as questões sociais” que tomam a frente na televisão e no facebook na batalha contra a “desigualdade social” empunhando sua espada de ouro cravejada de diamantes (é só dá uma olhadinha nos selfies),  enquanto engordam suas contas bancárias ou buscam o melhor ângulo nos holofotes. São intelectuais, políticos,  artistas e pessoas famosas que como Rodrigo aponta, tentam dar significado às suas vidas vazias. Haja camada de ozônio para se preocupar!

É  um ataque direto a esta gente de “ideias progressistas” que ama Che e admira Fidel. A lista é grande. É só ler os últimos capítulos do livro para perceber que o autor não poupou ninguém.

Rodrigo explica o fenômeno Esquerda Caviar como algo crescente no mundo.  Um fenômeno comum, causado por pessoas bem intencionadas em salvar o mundo… delas próprias. Veja os textos abaixo extraídos do livro:
“A esquerda caviar Hollywoodianos (EUA) ou global  (no Brasil) abraça essas bandeiras progressista, ataca o núcleo familiar tradicional, distorce os valores caros à classe média e transforma em normal toda a bizarrice em boa parte para suportar melhor suas próprias vidas esquisitas e desestruturadas. Os outros é  que são caretas e chatos. Racionalização pura.”
“O ato de racionalizar nossas emoções, ou seja, encontrar uma forma de expliacá-la como se fosse o resultado de muita reflexão,  é  comum a natureza humana, e todos caem nessa tentação de uma forma ou de outra.”
“A esquerda caviar está repleta de filósofo de botequim,  que fazem aquela leitura rápida de como aprender sobre  pensador profundo em trinta minutos. São também devoradores de orelha de livros.”
“Este tipo de esquerda caviar curte causas nobres no Facebook e pensa que assim se torna uma boa pessoa. A capa da bondade, da generosidade, serve para ocultar a sua própria fraqueza. Basta um clique no “curtir” que a alma está lavada.”
“Ganancioso é  o empresário que pretende manter para si seus ganhos. Ele, o funcionário público que só viaja de classe executiva, que fica em bons hotéis,  que usa cartão corporativo nos melhores restaurante, bebe vinho caro, tudo pago pelos impostos dos contribuintes, ele é  um desprendido do bem material, um soldado da igualdade, praticamente um santo.”
“Não podemos excluir ainda o puro tédio como imã para a esquerda caviar. Vivendo vidas seguras e confortáveis, fúteis e vazias, a fina flor da esquerda abraça ideias revolucionárias ou exóticas apenas para afastar de si a angústia de suas existências. A sociedade da abundância, ajuda a parir os radicais chiques. São os ‘senhorezinhos satisfeitos’ de que falava Ortega y Gasset.”
“Engajar-se em causas revolucionárias pode ser ótimo pretexto para fugir do controle morais ou legais da sociedade, para consumir drogas, praticar orgias,   para cair em aventuras como se não houvesse amanhã.”
“Muitos jovens usam camisetas com foto do Che Guevara estampada. Isso, na cabeça deles, basta para colocá-lo como “críticos do sistema”. Mal sabem que Che pensava que o jovem, em particular,  devia aprender a “pensar e agir não por si, mas como parte da massa… Pensar da muito trabalho. Estudar, mais ainda. Aprender sobre a realidade exige esforço e tempo, coisa cada vez mais rara no mundo moderno.”
“O sentimento de nobreza proveniente de enxergar como um desses “ungidos”… coloca qualquer outra droga no chinelo. Se os ricos artistas da esquerda caviar costumam curtir cocaína ou maconha,  seus pares intelectuais vão de marxismo mesmo, droga da mais pesada.”
“Em vez debater com o liberal ou conservador em si,  rebatendo o argumento que apresentam, os intelectuais de esquerda preferem criar um conservador imaginário, um liberal hipotético, um espantalho enfim, colocando em sua boca inúmeras palavras jamais ditas.”
“O socialismo não foi parido por proletários,  por trabalhadores humildes no chão das fábricas, mas por intelectual burgueses. Marx, que se casou com uma aristocrata alemã, era sustentado por Engels, rico herdeiro da indústria. Lênin era filho de pais abastados. Mão Tsé-Tung  era filho de um rico agricultor. O pai de Fidel Castro era latifundiário. Salvador Allende era filho de advogado, neto de médico e sempre morou nos melhores bairros de Santiago… Intelectual arrogante e elite culpada, uma combinação explosiva. O messianismo narcísico de um acaba financiada pelo culpa endinheirada do outro.”