A História da Riqueza do Homem, do feudalismo ao século XX, é a rigorosa análise do escritor e jornalista Leo Huberman sobre as transformações que mudaram a forma do homem gerar riqueza desde do mundo feudal até os nossos dias. É um exame bem-humorado dos mecanismos utilizados pelo homem para geração de riquezas ao longo de mil anos nas sociedades ocidentais.

A força do trabalho no sistema agrícola, e a relação dos servos com a nobreza, realeza e clero na produção destas riquezas dão início a obra do autor. Nos primeiros capítulos, Leo Huberman mergulha nas complexas relações entre os senhores feudais e os vassalos onde o primeiro cede a terra e o segundo a cultiva, devolvendo uma parte para os seus senhores e mantendo para o seu sustento, uma parte que não lhe atende a não ser as necessidades básicas – uma relação predatória que dá origem a insatisfações daqueles vertem suor e sangue na produção da riqueza.

Das pequenas feiras em que tentava-se negociar, normalmente pelo processo de troca, o que restava da produção nas lavouras feudais (o que era quase nada) a utensílios domésticos feitos manualmente pelas famílias pobres para sua sobrevivência, o comércio se reinventava e fazia germinar o que ao longo dos séculos dá origem a mais representativa forma de acúmulo de riquezas pelo trabalho: o capitalismo.

Nestes primeiros traçados da história do comércio pós feudalismo, Leo Huberman examina os fatos que transformaram as sociedades feudais em poderosas geradoras de riqueza através da troca do bem produzido por dinheiro, normatizados, controlados e mantidos por mecanismos econômicos que mais tarde serviriam de plataforma de estudo para mentes privilegiadas como a de Adam Smith. A partir deste ponto o mundo percebe a importância do comércio como a mais poderosa força de crescimento global com imensas influencias na cultura e na religião.

É uma fascinante viagem ao mundo do dinheiro: a causa dos males humanos, inimigo das virtudes, mas necessário.