O economista Ricardo Amorim faz uma releitura dos seus artigos proféticos sobre a economia do Brasil desde 2009 até o pedido de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Amorim analisa os erros e acertos das suas previsões econômicas e extrai lições que podem auxiliar o Brasil superar a crise e voltar a crescer. O resultado destas reflexões deu origem ao livro Depois da Tempestade, de autoria do Ricardo Amorim.
“Já passou da hora de deixarmos o capitalismo funcionar no Brasil e de focarmos em redistribuição de oportunidades, qualificando os mais pobres, melhorando a educação básica brasileira.”
Neste livro, Amorim demonstra porque o governo de Lula fez o Brasil despontar como o melhor exemplo de crescimento entre os países emergentes. Aponta os fatores interno e externos que contribuíram para que o Brasil tivesse bons resultados na economia e no desenvolvimento social na primeira década do governo petista, fenômeno que para o autor foi fruto dos bons ventos que sopravam lá fora, principalmente pela elevação dos preços das commodities. Nada a ver com a competência do governo. Em outras palavras, Lula deu sorte e se mostrou, neste sentido, um esperto governante aproveitado as oportunidades e colhendo os méritos para seu governo.
Já no governo de Dilma, Amorim alertava para os risco que os programas sociais representavam para a economia do Brasil, as estratégias econômicas equivocadas e o próprio governo “travado” de Dilma. O resultado é conhecido por todos os brasileiros.
Amorim demonstra que no governo petista, apesar dos ventos favoráveis a nossa economia, não foram tomadas as medidas para melhor aproveitamento das oportunidades. Para provar sua opinião, ele analisa no mesmo período a economia da Europa, Estados Unidos e China demostrando que ao contrário do Brasil, estas passaram por crises bem mais complexas e ainda assim tiveram melhores índices de desempenho econômico.
Porém, isto não é o fim da linha da economia do Brasil. Ainda há salvação, pois embora esta seja uma das piores crise que o brasil já viveu na opinião da maioria dos economistas, o Brasil ainda é muito rico para quebrar. Depende de fazermos as escolhas certas.