O empresário Vivek Ramaswamy se dispôs a passar o cargo de CEO da “Roivant Sciences”, empresa de biotecnologia na área farmacêutica, porque percebeu que não tinha como suportar as pressões do mundo woke. Suas experiências e visões sobre uma das mais nefastas ideologias da extrema esquerda, criticada até mesmo pela esquerda moderada, são apresentadas em seu livro Woke S.A, a farsa da justiça social nas empresas. Ramaswamy explica como as grandes corporações adotaram o wokeísmo e como elas lucram milhões com isso. Parece ser um caminho sem volta.

         Decerto, a cultura Woke está destruindo o Ocidente. Fruto do pós-modernismo e das teorias críticas sociais, o wokeísmo é uma ideologia identitária que pretende mudar o mundo no grito, na violência e na irresponsabilidade, deixando em seu lugar o caos, a desordem e a destruição. Questões de raça, gênero e identidade são as bandeiras que os Wokes utilizam para destruir qualquer valor ocidental. Para eles só há dois tipos de pessoas no mundo: os que são wokes e os que não são. Os que são wokes veem os que não são como inimigos que devem ser retirados da sociedade, censurados, terem os seus direitos cassados. Enfim, cancelados. Para os wokes, o outro lado e tudo que o representa deve ser destruído.

         Na perspectiva woke, o mundo gira em torno de suas próprias preocupações. Seus adeptos acreditam que os outros devem reparações por “danos históricos” causados a grupos identitários em função da raça, etnia e sexualidade. A ideologia woke recepciona bem todas as minorias que se sintam oprimidas pelo patriarcado branco, heterossexual, sexista e nacionalista, mas rechaça violentamente qualquer ideia oposta aos seus dogmas. Para aqueles o antagonismo ao pensamento woke são tachados de fascistas, misóginos, negacionistas, genocidas, gordofóbicos, transfóbicos, homofóbicos e tudo o mais que não esteja de acordo aos seus ditames.

         Em síntese, o tema é realmente controverso e de difícil aceitação. Por isso é recomendável outras leituras críticas como sobre pós-modernismo, sobre todas a teorias críticas sociais, sobretudo a teoria da justiça social, que dão validades a todas as ações dos wokes.