Em 15 de agosto de 2015 fazem 70 anos que na versão americana findou-se a Segunda Guerra Mundial em 15 de agosto de 1945 com a rendição total e incondicional dos japoneses diante a superioridade militar dos americanos.
A causa da rendição do bravo povo japonês não foi fruto de uma batalha justa, mas de um genocídio arquitetado e executado pelos Estados Unidos perfeitamente justificado sobre a condição de matar uns 100 mil para evitar a morte de milhões. Nada diferente daquilo que os Nazistas fizeram aos judeus sob desculpas maquiavélicas de que os fins justificam os meios.

Em 6 de agosto 1945 as 8 horas a cidade industrial e militar de Hiroshima, na época com mais de 380 mil habitantes- o que fazia dela uma cidade composta pela maioria civil, quando todos estavam saindo para iniciar seus turnos de trabalho, quando as crianças iam alegremente para mais um dia de aula e a dona de casa preparava o lar para receber a sua família, o Enola Gay acabava de soltar sobre o céu claro da cidade de Hiroshima a mais devastadora arma de destruição em massa que a genialidade cruel do homem foi capaz de criar em toda a história da humanidade: a bomba atômica.

No segundo ataque, por que os japoneses mesmo depois das milhares de vidas inocentes ceifadas em segundo pela primeira bomba não se dobrava aos domínios americanos, o presidente americano Harry S. Truman disse em sua carta ao imperador japonês Hirohito que que se o povo japonês não se rendesse, então uma segunda cidade seria totalmente destruída, e desta forma, estava assim perfeitamente justificado a morte de mais alguns milhares de japoneses em Nagasaki onde foi jogada a segunda bomba três dias depois da de Hiroshima. Na realidade a quantidade de vítimas em Nagasaki seria maior se não fosse o mal tempo que atrapalhou os planos americano de extermínio em massa.

Muitos acham que de certa forma os japoneses mereceram devido ao ataque a Pearl Habor. Eu vejo diferente. Pearl Habor era uma poderosa base militar naval, o orgulho da marinha americana, que do alto da sua arrogância subestimaram os guerreiros japoneses que enfrentavam o poderio tecnológico americano com raça e honra, dando suas vidas em ataques suicida antes a rendição ao imperialismo americano.

É sobre os horrores vividos pelos sobreviventes após a explosão e total destruição da cidade que o escritor e cientista americano Charles Pelegrino escreveu o livro O Último Trem de Hiroshima. O livro revela os depoimentos de dezenas de sobreviventes do massacre; e são depoimentos capazes de cortar o coração das mais insensíveis das criaturas humanas.

A guerra acabou, diziam todos. Sim acabou naqueles fatídicos dias, mas iniciava ali uma nova era de guerra fria e o nascimento da supremacia americana como dona do mundo.

Também expresso aqui a minha tristeza sobre a participação de grandes cientistas como John Von Neumann e Robert Openheimer na construção da bomba atômica. Felizmente, Albert Einstein se manteve fora desta equipe, embora os seus estudos tenham de certa forma ajudado nos estudos das reações termo nucleares. E foi Einstein que deu a certeira resposta ao significado de uma próxima guerra nuclear para o futuro da humanidade quando lhe perguntaram qual seria a próxima arma utilizada pelo homem em campos de batalha numa terceira guerra mundial. A sua resposta foi: Arco e Flecha