Pedagogia do Oprimido é a obra prima do professor e filósofo Paulo Freire (1997), homenageado com o título de patrono da educação brasileira pelo governo da então presidente Dilma Roussef. Paulo Freire propõe neste livro uma “revolução” no sistema educacional brasileiro, considerado por ele, instrumento opressor das elites dominantes sobre o “proletariado”.
Em seu método, Paulo Freire adverte que as instituições de ensino devem observar a necessidade de incutir nos alunos uma consciência política capaz de dar a estes a força do censo crítico, e propõe que as potencialidades dos alunos “enquanto seres humanos” devem ser estimuladas, por “livre decisão dos alunos”, a escolher ainda em fase infanto-juvenil os caminhos que alinhados as suas experiências pessoais lhes farão pessoas completas e felizes. Nesta abordagem, o papel do professor passa a ser o daquele que vai auxiliar os alunos nas suas escolhas, sejam quais forem, não cabendo a este agir como doutrinador.
Criticado por muitos educadores no Brasil e no mundo, ver artigo do Olavo de Carvalho, o sistema do Paulo Freire só foi realmente aplicado no Brasil, especificamente no ensino público sem nenhum resultado na redução do analfabetismo. As consequências da aplicação destas ideias ver-se-ão na prática nos resultados do ENEM.
Vamos analisar brevemente a aplicação do método Paulo Freire na educação dos jovens nos ensinos fundamental e médio nos últimos 40 anos.
Em 2013 circulou nos principais jornais do Brasil que 500 mil alunos tomaram zero na redação no ENEM. Também no relatório do fórum mundial econômico, o Brasil aparece na octogésima segunda posição em avaliação matemática no ensino fundamental. Números sempre avantajados que só não são maiores que a vergonha que causa a todos nós brasileiros.
Some-se a estes recordes vergonhosos outros números que colocam o Brasil como o país em que os professores são agredidos pelos alunos; adicione as ocupações nas escolas por alunos doutrinados; a falta de infraestrutura para que os professores e alunos tenham o mínimo de condições de trabalho e estudo, que os nossos jovens alunos continuarão tirando notas máximas nos quesitos falta de educação; falta de estudo e despreparo para o mercado de trabalho.
Claro que crianças e adolescentes até os quatorze anos não têm condições de fazer escolhas. Fica também claro que estes precisam de educação familiar, única responsável pela formação do caráter do aluno; das aulas ministradas pelo professor para lhes fornecer o conhecimento que quando adulto permitirá que o jovem de hoje faça as escolhas corretas e seja bom cidadão, zelador da família e das instituições e que preservem valores que nos fizeram chegar até aqui.
Vivian
Interessante essa sua abordagem, Fidel C. Pereira. Então, mediante a leitura do livro você discorda que tenha havido algum retorno positivo da proposta educacional de Paulo Freire? “A pedagogia do oprimido” não seria uma forma de conferir mais liberdade e autonomia, aos alunos e professores, durante o processo ensino-aprendizagem?
Concordo quando você afirma a importância de uma educação familiar, inclusive, o papel da família é perpetuar valores morais e éticos. No entanto, a escola deveria ser um local aonde estes valores são colocados em prática, fomentando apenas a autonomia do aluno. O que você acha? Att.