Nesta obra a escritora Gertrude Himmelfarb analisa os iluminismos britânico, francês e americano identificando e comentando seus erros e acertos, e a relação destes com a atualidade.
Os Caminhos para a Modernidade é uma síntese daquilo que o iluminismo representou e ainda representa para a humanidade, sobretudo o iluminismo francês. Discorre principalmente sobre o iluminismo britânico, apontando o que este teve de melhor sem deixar de demonstrar os seus pontos fracos.
Ela explica as diferenças fundamentais entre os iluminismos, que embora representem o inicio de uma nova era com a valorização do homem, divergem nas formas e nos resultados.
O iluminismo francês e sua razão como base dos princípios dos pensamentos filosóficos valorizando a ciência e a humanidade em detrimento o individuo, cujo defensores da época tem nomes como – Voltaire, Diderot, Rousseau, D’Alambert. Aqui inferi sobre a utopia da razão que deram vazão ao Terror e guilhotinou muitos dos seus pensadores.
Em certo sentido, o iluminismo francês foi um Reforma atrasada, uma Reforma empreendida não por uma religião mais excelsa e mais pura, mas por mais excelsas e puras autoridade e razão. Himmelfarb
O iluminismo britânico e sua filosofia “moral e social” com preocupações sobre o bem-estar e liberdade dos seus cidadãos cujo representantes maiores lista-se nomes como Adam Smith, Isaac Newton Edmund Burker, John Locke. Para Himmelfarb o iluminismo britânico foi o mais representativo e verdadeiramente o mais influente dos movimentos iluministas.
[…]Essa foi a característica distintiva do Iluminismo britânico, especialmente em comparação com o francês. A benevolência era uma virtude mais modesta que a razão, mas talvez uma virtude mais humana. E uma Era da Benevolência era uma aspiração mais modesta que uma Era da Razão, mas também mais prática. Se a Era da Benevolência ficou muito aquém do que os reformadores da época, e historiadores desde então, gostariam, ela representou – como, de fato, a própria idéia do iluminismo o fez -um avanço notável de espírito e de consciência, uma marcha adiante do espírito humano, como coloca Diderot explicando os eu iluminismo. Himmelfarb
O iluminismo americano sustentada numa filosofia politica e de liberdade, representada por nomes como John Adams, Benjamin Franklin, Thomas Jefferson, George Washington. Uma liberdade fundamentada na visão norte-americana de um “mundo melhor” para todos “os escolhidos”.
Na Grã-Bretanha, as virtudes sociais estavam em primeiros plano na especulação filosófica e na politica social. Eram as condições primárias do bem público. Na verdade na America, elas estavam, de certo modo, em segundo plano; eram condições necessárias, mas não a liberdade natural, que Smith via como base de uma economia em uma sociedade livre, mas, por assim dizer, uma liberdade artificial – liberdade política, os princípios e as instituições apropriadas à nova república.
O contrate com a França estava implícito. Em busca de uma fuga das paixões religiosas do velho mundo, os americanos não se voltaram como os franceses, contra a própria religião. Em vez disso, eles incorporaram a religião em quase todo os graus e variedades, nos costumes da sociedade. Himmelfarb